terça-feira, 25 de setembro de 2012

Convocatória - Assembleia Geral Ordinária

Reunião da Associação de Pais e Encarregados de Educação
Vai decorrer no próximo dia 4 de Outubro de 2012, às 21:00, a reunião da Associação de Pais e Encarregados de Educação. O local será o refeitório da escola.
A sua presença é sempre importante.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Já há um jogo para combater o bullying

 


Três conceitos - educação, jogo e novas tecnologias - juntaram-se num jogo que pretende prevenir o bullying nas escolas. Cátia Vaz consultou crianças e inquiriu professores para criar um instrumento pioneiro no país.

Chama-se "A Brincar e a Rir o Bullying Vamos Prevenir" e é um jogo educativo-pedagógico que nasceu para prevenir o bullying escolar. É um jogo e um auxílio educativo direcionado para alunos do 1.º e 2.º ciclos e que reúne três conceitos: educação, jogo e novas tecnologias. Cátia Vaz, técnica superior de Educação Social, formadora de profissão, explica como funciona o jogo, que nasceu no âmbito da sua tese de mestrado em Educação Social, no Instituto Politécnico de Bragança. Decidiu dar corpo a um projeto porque acredita que criar algo seria muito mais enriquecedor em termos pessoais e profissionais. Não se enganou. "Como parte integrante de uma sociedade, mais do que indignar-nos devemos implicar-nos", revela ao EDUCARE.PT.

O jogo é composto por um kit que tem um jogo de tabuleiro e outro digital. No manual, o tabuleiro tem 40 casas que as crianças têm de percorrer até chegar ao parque da prevenção do bullying escolar. Até lá, é preciso respeitar as regras descritas em linguagem adequada às faixas etárias. No trajeto há 52 cartões: 30 com questões sobre bullying, oito com mensagens de texto e desenhos e 14 com as pegadas da prevenção. Os cartões estão organizados em três grupos: o colorido, o das mensagens-bilhetinhos e o das pegadas verdes. E há ainda chaves douradas que permitem, no final, a entrada no parque infantil onde reina a prevenção do bullying. "Nas questões criadas tentei utilizar as palavras que as crianças utilizariam e, neste sentido, pedi a colaboração de crianças para este propósito", explica. Há dados para lançar e o jogo permite a participação de duas até seis crianças.

O jogo digital rege-se pelos mesmos princípios do de tabuleiro e pode ser utilizado em iPad, Android, Mac, Windows e Linux. Depois de instalado no computador, o parque da prevenção é a porta de entrada do jogo. Depois de entrar, há um parque infantil com baloiços e quatro jogos associados ao bullying. "Após a seleção de um destes jogos, começa a diversão associada à aprendizagem. O primeiro jogo (1) é denominado ‘Jogo das Palavras', o segundo jogo (2) é denominado ‘Jogo de memória', o terceiro jogo (3) ‘Jogo das Perguntas' e o quarto ‘Jogo do Desenho'". A comercialização do jogo é o passo que se segue e Cátia Vaz espera que a sua criação chegue ao maior número de instituições de ensino, tornando-se assim "num guia de ação na prevenção" do bullying.

Este jogo, único do género em Portugal, destina-se a crianças do 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico e permite aos mais novos, quer tenham ou não conhecimentos sobre bullying, a participação e a perceção de matérias relacionadas com o assunto. Cátia Vaz destaca ainda a envolvência direta dos professores na ajuda e orientação durante o jogo. "No entanto, não espero que com este jogo as crianças saibam tudo sobre bullying. É um auxílio na sua educação, por isso é que os professores terão um papel importante, na medida que desde cedo devem educar para esta problemática", refere.

O bullying, na sua opinião, deve ser abordado nas escolas a partir dos primeiros níveis de escolaridade. "Considero que é na base da educação das nossas crianças que se devem incutir/ensinar competências pessoais e sociais onde reine a não violência. Assim a primeira abordagem sobre a problemática deve ser feita pelos professores/educadores, e a partir de agora espero que com o auxílio do jogo que é uma boa maneira de abordar o tema do bullying, associando a brincadeira à aprendizagem". Para divulgar o seu projeto, e depois de concluída a tese de mestrado, Cátia Vaz criou o blogue http://prevencaobullying.blogs.sapo.pt.

O tema não surge por acaso. O bullying é um assunto que não sai da ordem do dia e que a comunicação social tem vindo a destacar nas páginas e reportagens dedicadas à educação. Nas duas investigações empíricas efetuadas, Cátia Vaz constatou que a violência física e psicológica surge nos primeiros anos da escola e que a prevenção é escassa e pouco eficaz. E assim nasceu o jogo como um instrumento de prevenção primária. Antes disso, houve trabalho pela frente e que conduziu ao batismo do projeto de "Bullying escolar: Estudo e projeto de prevenção através do jogo".

Cátia Vaz quis saber o que se passava e conhecer a realidade junto de alunos do 3.º ciclo e de professores do 1.º e 2.º ciclos - na fase de conclusão do mestrado em Educação Social. Os estudos realizados com o público-alvo escolhido eram escassos e assim o ano letivo de 2010/2011 foi dedicado a perceber o que pensavam os docentes sobre o bullying em contexto escolar e se consideravam pertinente a criação de um jogo que abordasse o tema. O sim foi unânime na última questão.

O processo envolveu 33 professores e Cátia Vaz recolheu respostas que sustentaram o caminho que traçou. Constatou que o bullying é, de facto, um problema pertinente, que o recreio é o local onde as agressões ganham maior expressão, e que os professores defendem formação na área, reconhecendo que ainda há muito a fazer no setor da prevenção. Os inquiridos referiram também que as "crianças não procuram ajuda essencialmente por medo, assim como os alunos observadores/testemunhas que normalmente ignoram e ficam indiferentes".

Fonte: Educare.pt

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

1.º ano: uma nova etapa!






Na verdade, as crianças adaptam-se frequentemente com mais rapidez que os adultos a novas situações. De qualquer forma, o adulto pode usar várias estratégias no sentido de facilitar todo este processo.
Quando se aproxima o 1.º ano de escolaridade na vida de um filho, a ansiedade de alguns pais sobe de forma quase exponencial. A transição do pré-escolar para o 1.º ciclo é vivida, sobretudo pelos mais crescidos, com muitas dúvidas, receios e angústias. Esta nova etapa na vida da criança constitui um fator de stress parental, porque é percecionada como uma transição do lúdico para o trabalho, como a passagem para uma fase mais "séria" na vida dos filhos. A ansiedade dos pais, quando não devidamente gerida, pode ser um forte entrave à boa integração da criança, porque esta facilmente perceciona a angústia dos adultos e a absorve, o que, consequentemente, gera insegurança e receios. Os pais e professores devem, por isso, transmitir à criança segurança e tranquilidade relativamente a esta nova etapa de vida, uma vez que, ao fazê-lo, estarão a ajudá-la a viver com naturalidade e descontração este momento de transição.

O receio de que a criança não se adapte facilmente à escola é muito frequente nos pais. Na verdade, as crianças adaptam-se frequentemente com mais rapidez que os adultos a novas situações. De qualquer forma, o adulto pode usar várias estratégias no sentido de facilitar todo este processo. Sempre que este leva a criança a conhecer o novo espaço, fala do contexto escolar como um local importante de crescimento, dá uma imagem positiva da escola e do professor, está a ajudar os mais novos a ultrapassarem sentimentos de insegurança, se estes eventualmente existirem. Se efetivamente se vierem a manifestar dificuldades de adaptação, então será fundamental perceber o porquê destas, de forma que pais e professores possam definir um plano conjunto que ajude a criança a vencê-las.

Com a entrada no 1.º ciclo, a criança assume um novo estatuto, uma vez que, além de "criança", passa a ser também "aluno". Este recém-nascido estatuto implica o surgimento de um mundo de novas expectativas por parte de pais e professores. Cada vez mais, e desde idades mais precoces, o desempenho escolar se encontra dentro das expectativas comuns dos pais. Nesta área, não é possível deixar de sublinhar que muitos adultos pecam por excesso, já que se verifica uma enorme tendência para privilegiar o "aluno" em detrimento da criança. A criança passa a ser olhada pelo adulto em função do seu desempenho escolar. Se é boa aluna, é fonte de aplausos; se tal não acontece, o sentimento de que é uma desilusão para os pais instala-se, com tudo o que isto implica de negativo em termos de autoestima. Face a tudo isto, é fundamental os pais irem questionando e ajustando as suas expectativas face à escola, para que estas não condicionem negativamente o desempenho escolar.

Com a entrada no 1.º ciclo, chegam também os polémicos trabalhos de casa. Os TPC, se "receitados" com peso e medida, isto é, se a quantidade for proporcional ao tempo disponível, à idade e ao ritmo da criança, podem promover nela o desenvolvimento de um certo sentido de responsabilidade, uma vez que a criança, progressivamente, vai compreendendo e interiorizando que terá de se sentar em determinados momentos para realizar certas tarefas. Sempre que a atribuição destes trabalhos é feita de uma forma excessiva, não restando tempo para a criança brincar, então pode tornar-se num fardo com efeitos negativos para ela e para a própria dinâmica familiar.

Não há dúvida que os primeiros anos de escolaridade são de uma importância fulcral, uma vez que constituem os alicerces para as aprendizagens futuras. Este facto não deve, no entanto, ser fonte de angústia, pois a base do sucesso escolar, quando este faz parte da preocupação dos pais, já foi lançada muito antes da entrada no 1.º ano de escolaridade.
Educare.pt

sexta-feira, 14 de setembro de 2012